Quando a minha voz não mais
vibrar aos teus ouvidos
é porque não tenho ar
para a trazer fora de mim;
Quando não mais te escrever
cartas cheias de juras tão sentidas
que só para ti as tinha
é porque se esgotou o tinteiro
dos meus olhos que tudo te deu;
Quando o meu sangue não mais
nutrir a chama que me deixaste
é porque os rios da vida
secaram na minha carne.
Então saberás que resvalei
para a vala do silêncio como alma
que a eternidade não quis
como peugada que o tempo apagou.
J. L. Miranda
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